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Uma nova esperança para milhões de mulheres
Uma nova esperança para milhões de mulheres
RESEARCH
(Imagem: The Economist | Reprodução)
Ao redor de 190 milhões de mulheres ao redor do mundo sofrem a mesma condição: a endometriose.
Em 1690, o médico alemão Daniel Schrön descreveu uma paciente com "úlceras" em diversos órgãos, marcando o que se acreditava ser a primeira aparição documentada da endometriose na literatura médica.
No entanto, mesmo afetando muita gente hoje em dia, a doença enfrenta um cenário de pesquisa estagnado.
E para início de conversa: o que é endometriose?
🩺 A endometriose é uma condição ginecológica na qual o tecido semelhante ao endométrio, que normalmente reveste o útero, cresce fora dele.
Isso pode levar a dores intensas, aderências entre órgãos e complicações como dificuldade de engravidar. Apesar de afetar milhões de mulheres, a causa exata permanece desconhecida.
Agora a boa notícia: Um ensaio clínico, iniciado na Escócia em 2023, apresenta resultados promissores para o primeiro tratamento não hormonal e não cirúrgico da endometriose.
O estudo identificou níveis elevados de lactato em pacientes com endometriose, indicando um possível papel no desenvolvimento das lesões.
O medicamento testado, o dicloroacetato (DCA), inicialmente usado em câncer e distúrbios metabólicos infantis, mostrou redução da dor e melhoria na qualidade de vida em pacientes.
Se aprovado nos próximos cinco a sete anos, o DCA seria o primeiro tratamento inovador para a endometriose em quatro décadas.
Descobertas como essas são sensacionais, considerando que a condição afeta uma em cada dez mulheres ao longo da vida.