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Alterações moleculares podem “prever” chances de suicídio
Alterações moleculares podem “prever” chances de suicídio
BIG STORY
Grande dia. Pesquisadores brasileiros, em um artigo publicado na revista Psychiatry Research, desvendaram alterações moleculares cerebrais e sanguíneas em indivíduos que cometeram suicídio.
Com mais de 700 mil mortes por suicídio no mundo por ano, especialmente entre jovens de 15-29 anos, a pesquisa busca identificar fatores de suscetibilidade mais objetivos, como a concentração de substâncias no organismo.
🩺 Tradicionalmente, a identificação do risco de suicídio é baseada em entrevistas clínicas, mas o estudo sugere que marcadores moleculares podem indicar predisposição e alvos para intervenções.
Isso tiraria um pouco da subjetividade do processo, o que permite que a avaliação do paciente fosse mais certeira.
A análise combinada de dados de 17 estudos sobre alterações cerebrais revelou alterações significativas nas seguintes estruturas e compostos:
Córtex pré-frontal;
Neurotransmissores inibitórios e fatores de transcrição celular, como CREB1, MBNL1, U2AF e ZEB2.
Alterações em mecanismos de plasticidade no córtex pré-frontal podem ter um impacto significativo nos aspectos comportamentais e emocionais dos jovens, afinal ele é uma das últimas regiões do cérebro a amadurecer completamente.
Essas mudanças oferecem insights valiosos em neurobiologia, complementando as informações obtidas por meio de entrevistas clínicas.
Todo esse processo é muito importante, uma vez que muitos indivíduos buscam ajuda médica antes do suicídio, mas a identificação precisa do risco é uma área desafiadora.
Em resumo: O estudo representa um passo significativo na compreensão das complexidades do comportamento suicida, incentivando a redução do estigma e promovendo intervenções mais objetivas.