31/03/2025

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bom dia. em tempos de redes sociais, vale lembrar: não compare a sua vida aos stories ou posts de alguém. lá, tudo é feliz e perfeito. no entanto, o mundo real é bem diferente.

OMS elege “saúde materna e neonatal” para tema do Dia Mundial da Saúde
BIG STORY

(Imagem: Axios)

O ano das mamães! Todos os anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) escolhe uma espécie de “tema especial” para o Dia Mundial da Saúde.

  • Em 2025, o tema não poderia ser mais pertinente: “Saúde Materna e Neonatal”. Afinal, se tratarmos onde tudo começa, as próximas gerações certamente colherão bons frutos.

Então, a partir do lema "Começos saudáveis, futuros esperançosos", governos e comunidades médicas são convocados para agir contra as mortes evitáveis de mães e bebês.

Sobre o problema

Muitas mulheres morrem na gravidez devido a complicações como hemorragias intensas, infecções graves, pré-eclâmpsia, partos obstruídos e problemas cardíacos pré-existentes não tratados adequadamente.

Esses riscos são agravados pela falta de acesso a cuidados médicos qualificados — especialmente em regiões pobres, rurais ou durante emergências humanitárias.

🩺 Além disso, bebês frequentemente morrem prematuramente devido às complicações relacionadas à prematuridade, como infecções adquiridas no parto ou asfixia neonatal.

Contudo, é essencial diferenciar os problemas “evitáveis” dos “inevitáveis”… E é aí que mora o problema. Acontece que a maioria das complicações surge de problemas evitáveis, como a falta de acesso a um acompanhamento pré-natal adequado.

Segundo o presidente da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, as estatísticas podem ser consideradas alarmantes. Veja algumas abaixo.

  • Cerca de 300 mil mulheres morrem anualmente por complicações relacionadas à gravidez;

  • Mais de 2 milhões de recém-nascidos perdem a vida antes do primeiro mês;

  • Cerca de 1,9 milhão de bebês nascem sem vida;

  • Estima-se que uma “morte evitável” de mãe ou filho ocorra a cada 7 segundos ao redor do mundo.

Ainda assim, a história não para por aí.

Isso porque também existe um risco materno invisível, que muitas vezes não é mensurado em estatísticas como estas.

A saúde das mulheres vai além da sobrevivência ao parto. Cuidados de qualidade, físicos e emocionais, devem ser garantidos antes, durante e após o nascimento do bebê.

Isso inclui atenção à saúde mental, doenças crônicas e acesso eficaz ao planejamento familiar. No entanto, essa está longe de ser a realidade da maioria das mulheres ao redor do mundo.

Para mudar o cenário atual, é preciso conscientizar a população e os governos a respeito das atuais falhas dos sistemas de saúde.

Brasil realiza a primeira neurocirurgia para tratar a obesidade
RESEARCH

(Imagem: Hospitais Brasil)

🇧🇷 É do Brasil! Ivan dos Santos Araújo, de 38 anos, tornou-se o primeiro paciente a passar por uma cirurgia cerebral experimental para tratar a obesidade mórbida.

Realizado no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), em Goiânia, o procedimento inovador promete devolver a Ivan uma vida mais saudável.

Segundo os médicos envolvidos, a técnica é fruto de uma parceria com a Universidade da Pensilvânia, e já havia sido aprovada pelo Conselho Nacional de Ética e Pesquisa desde 2018.

Sobre a condição

Obesidade mórbida é caracterizada pelo excesso extremo de gordura corporal, geralmente identificada por um índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 40 kg/m².

Esse nível excessivo de peso afeta significativamente a saúde, aumentando os riscos de doenças cardíacas, diabetes tipo 2, apneia do sono e problemas articulares.

🩺 A obesidade mórbida é geralmente causada por uma combinação complexa de alimentação inadequada, sedentarismo, fatores genéticos e hormonais.

Quanto ao tratamento… Geralmente envolve mudanças no estilo de vida. No entanto, alguns casos podem exigir estratégias mais invasivas (como cirurgias) ou tratamento farmacológico.

De volta à cirurgia cerebral…

O procedimento consiste em implantar eletrodos na parte periférica do núcleo accumbens, especificamente na região chamada Shell.

🩺 Essa área do cérebro está relacionada ao prazer e à recompensa, influenciando diretamente a compulsão alimentar.

Portanto, sua ativação libera neurotransmissores como a dopamina, que podem proporcionar uma sensação de saciedade e bem-estar ao paciente.

Por falar em bem-estar… Ivan, que pesa atualmente 183 kg, luta contra a obesidade desde a infância e já tentou diversos tratamentos, mas não teve sucesso.

  • Agora, sua maior motivação é poder brincar novamente com a filha, recuperando a rotina e a qualidade de vida.

Além de Ivan, outros quatro pacientes farão parte do estudo, o que pode abrir portas para a validação da técnica no futuro.

O que você deveria ficar por dentro…
Especialista em longevidade afirma ter reduzido a própria idade biológica em 15 anos
HEALTHCARE

(Imagem: Estado de Minas)

Como viver mais? Bem, estaríamos mentindo se falássemos a vocês que temos uma fórmula mágica para a longevidade. No entanto, a adoção e a exclusão de determinados hábitos pode ajudar (e muito) no processo.

Eric Verdin, especialista belga em longevidade, tem 67 anos, mas alega que sua idade biológica está entre 48 e 53 anos.

Sua história

Formado pela Harvard Medical School, ele acumula uma vasta experiência com pesquisa científica, e atualmente é professor na University of California (UCLA).

  • O cientista é também o presidente do Buck Institute for Research on Aging, instituição que investe cerca de R$ 400 milhões em pesquisas sobre longevidade todos os anos.

Se fôssemos falar sobre tudo o que Verdin pensa a respeito de longevidade, seria mais fácil escrever um livro. risos. Portanto, vamos falar sobre três “regras” que o pesquisador leva para a própria vida.

Ultraprocessados

Verdin evita alimentos que não reconhece na forma natural ou que não possam ser preparados facilmente em casa.

Esses produtos frequentemente têm altas concentrações de açúcar, sódio, aditivos artificiais, e estão associados ao aumento do risco de doenças cardíacas, câncer e obesidade.

Sucos de fruta

Embora as frutas sejam saudáveis, Eric não as consome em forma de suco.

O motivo? Os sucos perdem as fibras essenciais das frutas, causando picos rápidos de açúcar no sangue.

Portanto, é preferível consumir frutas inteiras, para aproveitar todos os seus nutrientes.

Álcool

Após ficar um mês sem álcool durante a pandemia, Verdin percebeu grandes melhorias em sua energia e qualidade do sono.

Mesmo apreciando um bom vinho, optou por uma restrição ainda maior devido aos riscos da substância, associada a um maior risco de câncer e uma série de doenças crônicas.

Então, quer dizer que deveríamos seguir tudo isso para viver mais? A resposta é não. Estes são apenas alguns hábitos de um especialista em longevidade, baseados em evidências científicas.

No entanto, sejamos sinceros. Não dá pra seguir à risca todas as “regras de longevidade” em 100% do tempo. Portanto, considere o que for aplicável à sua realidade e à sua rotina.

Farmácias europeias usavam múmias para tratar doenças no século XII
WORLD HEALTH

(Imagem: Indian Express)

Tudo começou com um erro de tradução. Textos médicos árabes mencionavam o uso terapêutico do betume ("mūmiyā"), substância natural usada para tratar feridas.

  • Porém, ao traduzir esses textos para o latim, estudiosos europeus confundiram "mūmiyā" com múmias egípcias, acreditando que os corpos embalsamados tinham poderes curativos semelhantes.

Essa confusão gerou um comércio intenso de restos humanos pulverizados, roubos de sepulturas e até mesmo corpos recém falecidos que foram retirados da forca.

A “Medicina das Múmias”

🩺 Por incrível que pareça, médicos prescreviam múmia para curar desde epilepsia e melancolia até hemorragias internas e tuberculose.

Além disso, comerciantes vendiam o pó de múmia ao lado de outros produtos macabros, como pó de crânio e gordura humana destilada.

  • Segundo a crença do período, a regra era simples: Quanto mais antigo o corpo, mais potente se acreditava ser o remédio.

Contudo, a ascensão da ciência empírica e da anatomia contribuiu para a queda da múmia como remédio. Hoje, o uso medicinal de múmias soa grotesco.

Ainda assim, histórias como esta mostram que a fronteira entre a ciência e a superstição nem sempre foi tão evidente quanto gostaríamos de acreditar.

Isso sem falar que essas histórias nos fazem pensar na seguinte questão: O que será que fazemos hoje que, daqui a 1000 anos, soará extremamente grotesco?

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