25/07/2025

Na edição de hoje:

💸 A taxação dos EUA pode afetar saúde brasileira?
👏 Bebês nascem livres de mutações genéticas graças à fertilização in vitro;
🔥 Outras notícias que estão em alta no mundo da saúde;
💉 Novo nano adesivo pode substituir biópsias;
📹️ Os melhores conteúdos que vimos pela internet.

Sexta-feira, 25/07/2025

BIG STORY

A taxação dos EUA pode afetar saúde brasileira?

Se você pensava que os atritos recentes entre Brasil e Estados Unidos ficariam apenas na esfera política, é hora de repensar.

A decisão de Donald Trump de aplicar taxas de 50% sobre exportações brasileiras para os EUA, a partir de 1º de agosto, acendeu o alerta no setor de saúde.

No entanto, o principal temor do setor não é das taxas americanas, e sim se (e como) o governo brasileiro irá retaliar.

Um raio-x econômico

No setor de saúde, a balança comercial nacional ainda é deficitária. Em outras palavras, o Brasil importa muito mais do que exporta.

• E adivinhe de quem mais importamos. Sim, dos Estados Unidos.

O Brasil exporta cerca R$ 1 bilhão em medicamentos ao ano para os Estados Unidos — e importa cerca de R$ 13,5 bilhões.

Quando falamos sobre dispositivos tecnológicos para hospitais, a conta fica ainda mais cara. Aqui vão alguns dados da Associação Brasileira de Indústria e Tecnologia para Saúde (ABIMED):

• Brasil exporta cerca de R$ 5,2 bilhões;

• Brasil importa cerca de R$ 28 bilhões;

As consequências

O aumento das tarifas pode encarecer a importação de medicamentos e dispositivos médicos, elevando custos para hospitais, planos de saúde e para o SUS.

Portanto, a longo prazo, a população pode enfrentar atrasos em terapias e maior pressão sobre o sistema de saúde público.

Duas visões opostas

Por um lado, muitos temem que retaliar os Estados Unidos com novas taxas poderia levar o sistema de saúde a um colapso.

• Inclusive, o vice-presidente Geraldo Alckmin defendeu que o país negocie para reverter as taxações.

Por outro lado, há quem veja nesse conflito a oportunidade de fortalecer o Complexo Econômico-Industrial da Saúde brasileiro.

Também se fala em ampliar parcerias estratégicas com países como a China, o que reduziria a dependência do Brasil em relação aos Estados Unidos.

RESEARCH

Bebês nascem livre de mutações graças à nova técnica de fertilização in vitro

Simplesmente espetacular. Oito crianças no Reino Unido nasceram livres de doenças mitocondriais hereditárias graças a uma técnica inovadora de fertilização in vitro (FIV).

De acordo com cientistas da Universidade de Newcastle, a técnica combina o DNA nuclear dos pais com mitocôndrias saudáveis de uma doadora anônima, evitando a transmissão de mutações potencialmente fatais.

Sobre as mutações

A mutação evitada estava no DNA mitocondrial, que é passado exclusivamente da mãe para o filho.

Essas mutações afetam o funcionamento das mitocôndrias, as "usinas de energia" das células, prejudicando órgãos que mais consomem energia, como cérebro, coração e músculos.

A nova técnica

Com isso, o embrião passa a ter o DNA genético dos pais, mas as mitocôndrias da doadora, que é livre de mutações.

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HEALTHTECH

Novo nano adesivo pode substituir biópsias

Uma revolução para diagnósticos. Um novo adesivo com milhões de nanoneedles pode coletar dados moleculares diretamente das células, sem causar dor ou danos.

Como funciona

Com apenas 8 mm por 8 mm, o patch coleta proteínas, lipídios e RNA mensageiro de dentro das células, sem romper suas membranas.

Feito de silicone poroso, cada agulha tem apenas 50 nanômetros de largura — o que pode ser considerado “mais fino que 60 átomos”.

Em testes, a inovação foi bem sucedida em tecidos humanos e de camundongos. Em 25 de 27 amostras, os resultados foram iguais aos das biópsias tradicionais.

Por que isso importa?

Isso reduz riscos de complicações médicas, agiliza decisões e possibilita um monitoramento contínuo do paciente.

Ainda assim, é preciso cautela. Antes de chegar aos pacientes, o método ainda precisa passar por rigorosos testes e aprovação das autoridades regulatórias.

Se você quiser aprofundar no assunto, aqui vai o artigo científico completo, publicado na Revista Nature.

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