24/02/2025

February 24, 2025

não é mimimi

bom dia. problemas de saúde mental não são “mimimi”. quanto antes percebermos isso, mais gente poderemos ajudar. quando o outro te pedir ajuda, acredite.

Crianças indígenas são as que mais morrem por câncer no Brasil
BIG STORY

(Imagem: Compassion Canada)

Uma estatística alarmante. Segundo o Panorama de Oncologia Pediátrica, do Instituto Desiderata, crianças indígenas morrem mais por câncer do que as demais.

A taxa de óbitos nessa população é de 76 a cada 1 milhão por ano, bem acima dos 42,6/milhão entre brancos e dos 38,9/milhão entre negros e aqueles identificados como amarelos (que têm origem oriental).

O que os números não mostram?

A partir destas informações, o que você pode pensar é: Então indígenas possuem uma predisposição genética para o desenvolvimento de câncer, certo? Errado. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

A geografia explica o fenômeno melhor do que a Biologia. Segundo o último censo do IBGE, a região Norte abriga a maior parte dos cidadãos indígenas brasileiros. No entanto, o sistema de saúde local precisa melhorar muito.

Por exemplo, enquanto na Região Sudeste existem 36 hospitais especializados em oncologia pediátrica, no Norte existem apenas 3. Além disso:

  • Mais de 40% dos pacientes de até 19 anos recebem tratamento inadequado;

  • Cerca de 20% precisam se mudar para outras cidades para ter acesso a cuidados de saúde.

A partir disso, as medidas certas não são tomadas no momento adequado. Como consequência, o número de mortes aumenta consideravelmente.

A solução

A demora no diagnóstico do câncer permite que a doença avance para estágios mais graves, reduzindo as chances de cura.

🩺 O tratamento tardio dificulta o controle do tumor, tornando-o mais resistente e exigindo terapias cada vez mais agressivas.

Por fim, a progressão do câncer pode levar a complicações severas, como metástases, que comprometem órgãos vitais e agravam a situação do paciente.

Agora, a pergunta que não quer calar: Como podemos solucionar isso? Bem, não há respostas fáceis para problemas difíceis. No entanto, mais investimentos estratégicos na saúde pública certamente podem melhorar a situação.

Ômega-3 pode retardar envelhecimento biológico
STAY HEALTHY

(Imagem: Nutri Facts)

Se você nos acompanha há algum tempo, sabe que existe uma grande diferença entre o conceito de envelhecimento cronológico e o biológico.

Enquanto o primeiro é incontrolável, e inevitavelmente chegará para todos nós, o segundo envolve uma boa parcela de mérito — ou culpa — nossa.

Dito isso, uma nova pesquisa publicada na revista Nature Aging sugere que a ingestão diária de 1 grama de ômega-3 pode retardar o envelhecimento biológico.

  • O estudo, que acompanhou 777 idosos na Suíça durante 3 anos, utilizou ferramentas avançadas de biologia molecular para medir os impactos dessa suplementação.

Basicamente, o “marcador” de idade biológica utilizado pelos cientistas se deu a partir da análise do grau de metilação do DNA de cada participante.

A explicação

O ômega-3 possui propriedades anti-inflamatórias que ajudam a reduzir danos celulares causados pelo envelhecimento.

🩺 Além disso, ele influencia a metilação do DNA, o processo epigenético citado responsável por regular a atividade dos genes em cada indivíduo.

Por fim, o suplemento melhora a integridade das membranas celulares e reduz o estresse oxidativo, o que é fundamental para a longevidade dos tecidos do organismo.

Outra descoberta do estudo foi de que a combinação “Omega-3 + níveis adequados de vitamina D + exercício físico regular” poderiam até mesmo potencializar o efeito anti-envelhecimento.

  • O estudo também citou que a prevalência de câncer nestes indivíduos foi consideravelmente menor.

Agora, se você pensou em usar qualquer um destes suplementos, temos uma dica: Consulte um profissional de saúde. Além de te oferecer mais segurança, buscar ajuda especializada certamente potencializará os seus resultados.

O que você deveria ficar por dentro…
Inteligência Artificial sofre declínio cognitivo ao longo do tempo
HEALTHCARE

(Imagem: Axios)

Aparentemente, a inteligência artificial é mais humana do que imaginávamos. Ou você achava que elas também não tinham um “ponto fraco”?

Um estudo publicado pelo BMJ Group levantou preocupações sobre a confiabilidade da AI na Medicina, afirmando que os sistemas também podem sofrer declínio cognitivo ao longo do tempo.

A pesquisa foi feita da seguinte maneira: A partir de um teste cognitivo padronizado, foram avaliados o GPT 4o, ChatGPT 4, Sonnet e o Gemini.

  • Chat GPT 4o: Fez 26 pontos (0-30);

  • Chat GPT 4 e Sonnet: Fizeram 25 pontos (0-30);

  • Gemini: Fez apenas 16 pontos (0-30);

Segundo os cientistas envolvidos, os modelos mais “idosos” apresentaram dificuldades significativas em funções que envolviam habilidades como abstração visual e função executiva.

Padrões semelhantes

Assim como a inteligência artificial, os humanos experimentam um declínio cognitivo progressivo ao longo do tempo, impactando funções como memória, atenção e raciocínio.

🩺 Nos humanos, isso ocorre devido ao envelhecimento biológico, que reduz a plasticidade neuronal, altera conexões sinápticas e afeta a eficiência do processamento de informações.

Já na AI, esse declínio ocorre quando os modelos deixam de ser atualizados e perdem a capacidade de interpretar novos dados corretamente.

Portanto, se você estava com medo da inteligência artificial roubar seu emprego, saiba que ela também tem suas fraquezas…

Cientistas descobrem “interruptor” da ansiedade
MENTAL HEALTH

(Imagem: Axios)

É possível “ligar e desligar” a ansiedade? Se você conhece alguém que convive com a condição, sabe que não é algo fácil.

A descoberta, publicada na revista Neuron, abre possibilidades para terapias mais eficazes — e sem os efeitos colaterais comuns de determinados medicamentos.

Sobre a condição

🩺 O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é uma condição psiquiátrica caracterizada por preocupação excessiva e persistente, sem uma causa específica.

A TAG envolve hiperatividade na amígdala e no córtex pré-frontal, regiões que regulam o medo e a tomada de decisões. Na ocasião, há um aumento na liberação de neurotransmissores como noradrenalina e cortisol, que amplificam a resposta ao estresse.

Sobre o fenômeno

O estudo analisou o receptor de glutamato metabotrópico 2 (mGluR2), uma proteína presente em diversos locais dos circuitos cerebrais.

🩺 Então, cientistas descobriram que ativá-lo em uma via específica poderia reduzir a ansiedade sem comprometer a memória do indivíduo.

Logo, a pergunta que não quer calar é: E se desenvolvêssemos um fármaco que atuasse nestes receptores?

Se isso vai ser possível, ainda não há como saber. Mas, caso funcione, o tratamento psiquiátrico de pacientes com a condição poderia passar por grandes mudanças.

Afinal, quem trabalha com saúde sabe: O objetivo de qualquer tratamento sempre envolverá maximizar seus benefícios e minimizar seus efeitos indesejados.

Psicólogas zombam de crianças autistas em clínica de SP
EXTRA

Um verdadeiro absurdo. Após maltratarem e zombarem de crianças com Transtorno do Espectro Autista, duas psicólogas foram demitidas de uma clínica especializada em SP.

Aos que quiserem entender melhor, clique aqui ou na imagem acima para ver o post que fizemos no nosso Instagram sobre o assunto.

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