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a primeira
o primeiro plantão, o primeiro segundo de vida, a primeira edição. um lindo dia para salvar vidas.
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o primeiro plantão, o primeiro segundo de vida, a primeira edição. um lindo dia para salvar vidas. às vezes, com um pouco de emoção. risos.
Uma bactéria foi capaz de parar a carreira de um cantor
BIG STORY
(Imagem: SAPO | Reprodução)
Situação difícil. O cantor Nattanzinho anunciou no início desse ano que vai precisar fazer uma pausa em sua carreira. O motivo? Uma infecção pela bactéria H. pylori, diagnosticada há 3 meses.
Do que se trata a tal bactéria? É um microorganismo que um grande número de pessoas tem em seus estômagos sem consequências negativas.
Muitos dos indivíduos infectados adquiriram a bactéria durante a primeira infância, ao compartilharem alimentos ou ingerir aerossóis liberados pelo vômito.
Por vezes, esse patógeno pode se mover para a camada de muco do estômago, ou até para outros locais, o que causa uma série de problemas, desde inflamações, úlceras e até mesmo câncer.
Apesar da prevalência da H.pylori ser alta na população brasileira, a atenção maior deve surgir quando há associação da bactéria a outras doenças.
Quanto ao tratamento, pode variar de um caso para o outro, mas geralmente envolve o uso de antibióticos.
No caso de Nattan, o artista disse ter feito uso de fortes antibióticos associados a outros medicamentos, o que causou edemas em suas cordas vocais. O cantor ainda não informou até quando ficará longe dos palcos.
Infectar mosquitos para combater mosquitos
RESEARCH
(Imagem: Getty Images | Reprodução)
Parece contraintuitivo. E é mesmo. Por isso a ciência é tão linda…
Cientistas colombianos decidiram abordar o problema da dengue e da febre amarela de maneira inovadora. Ao invés de pensar como todos, por que não dar um passo atrás?
Os pesquisadores decidiram infectar o mosquito Aedes aegypti com uma bactéria que consegue neutralizar os vírus mortais proliferados pelo inseto.
Esses patógenos, podem causar o que chamamos de arboviroses, que são as doenças endêmicas em determinadas regiões do planeta como:
Dengue
Febre-amarela
Chikungunya
Zika Vírus
Resumindo: É como se, ao invés de tentarmos matar o mosquito, os pesquisadores o desarmassem. Impressionantemente — e o mais legal nisso tudo — é que as pesquisas já mostram que as gerações seguintes também nasceriam “inofensivas”.
O nome da bactéria em questão é Wolbachia, e os cientistas descobriram que conseguiriam inserir o microorganismo nos ovos dos insetos com mini agulhas.
Após esse experimento, verificaram que se o mosquito picasse alguém contaminado com a dengue e contraísse o vírus, não o passaria para a próxima pessoa.
Após testar a estratégia em pequenas cidades no Vietnã e na Indonésia, os entomologistas (estudiosos de insetos) verificaram uma diminuição de 77% nos casos de dengue e 86% menos hospitalizações.
Além disso, o experimento foi feito na própria cidade de Medellín e mostrou resultados promissores. É… Às vezes a solução de um problema pode estar no próprio problema.
A vacina da COVID-19 deve ser obrigatória para crianças?
TRENDING TOPICS
(Imagem: Gallup News | Reprodução
Assunto polêmico. O Conselho Federal de Medicina fez uma pesquisa para entender a percepção dos médicos brasileiros quanto à obrigatoriedade da vacinação contra a COVID-19 em crianças de 6 meses a 5 anos.
O que sabemos sobre o COVID-19 em menores de 5 anos no Brasil até o momento:
Foi responsável por 5.310 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
135 mortes causadas pela doença.
Devemos ter em mente que esse é um assunto delicado, no qual ambos os lados devem ter seus pontos de vista considerados. Até porque, se fosse um assunto tão simples, as autoridades não estariam tendo tanta cautela.
Tente deixar possíveis ideologias pessoais de lado… Considere-se um profissional da Saúde e responda:
Você é a favor da obrigatoriedade da vacina da COVID-19 para crianças? |
Faça Login ou Inscrever-se para participar de pesquisas. |
Um método inovador no diagnóstico de câncer
HEALTH TECH
(Imagem: IFLScience | Reprodução)
Imagine o seguinte cenário: Em um futuro não tão distante, poderemos identificar e diferenciar tipos de câncer através de uma mera amostra de saliva. Inovador demais?
É exatamente isso que os pesquisadores da Universidade de Gothenburg tem tentado fazer — com algum sucesso.
Mas como isso aconteceria? A resposta curta é: através da análise de moléculas de açúcar no nosso corpo. No entanto, a resposta longa é mais interessante nesse caso.
O que chamamos de glicano é um tipo de molécula de açúcar ligada a proteínas em nossas células.
A estrutura desses glicanos pode ditar a função dessas proteínas em questão.
Então, mudanças significativas nas estruturas desses glicanos podem indicar inflamação ou doenças no organismo, como o câncer, por exemplo.
Ok… Mas por que esse estudo é tão inovador? Pelo uso de AI para se identificar os padrões nessas subestruturas. Uma vez interpretados, eles podem ser biomarcadores para diferentes tipos de neoplasia.
Ao todo, o estudo avaliou 220 pacientes com 11 tipos diferentes de câncer. Segundo Daniel Bojar's, docente de bioinformática da instituição:
“Ao permitir que nosso método recém-desenvolvido, aprimorado por IA, funcionasse através de grandes quantidades de dados, fomos capazes de encontrar essas conexões. Podemos confiar em nossos resultados; eles são estatisticamente significativos. Agora, pegaremos esses biomarcadores e desenvolveremos métodos de teste".
Pois é… Aparentemente, o Chat GPT é apenas a ponta do iceberg da inteligência artificial, que já começa a ser ferramenta registrada nas pesquisas mundo afora.
Epidemia de Pneumonia na China aciona OMS
WORLD HEALTH
(Imagem: Lam Yik | Reuters)
Relatos alarmantes. A Comissão Nacional de Saúde da China informou o aumento generalizado de doenças respiratórias no país.
Segundo as autoridades, os patógenos associados à maioria dos casos eram:
Vírus Influenza (associado a quadros de gripe);
Rinovírus;
Adenovírus;
Bactéria Mycoplasma pneumoniae;
O próprio COVID-19;
A boa notícia: Após questionamento da OMS, a China alegou conhecer todos os antígenos e as respectivas medidas de profilaxia e tratamento que deveriam ser tomadas.
Inclusive do Mycoplasma pneumoniae, que tem chamado mais a atenção por prevalecer entre crianças e jovens.
Ele é um dos agentes mais comuns na pneumonia adquirida ao redor de todo o mundo. Pode causar infecções no trato respiratório superior e quadros de bronquite aguda também.
A transmissão é feita via inalação de gotículas provenientes do nariz ou boca da pessoa infectada, o que pode explicar o aumento dentre indivíduos em idade escolar.
Segundo o professor François Balloux, da University College of London:
“A China passa por uma grande onda de infecções respiratórias, já que este é o primeiro inverno após um prolongado confinamento, o que diminuiu a circulação de vírus respiratórios e certamente causou uma diminuição na imunidade a esses patógenos”. Segundo os fundamentos da imunologia, o pensamento faz todo sentido.
Era para ser só mais um plantão do Dr. Leonel…
HISTÓRIAS DE PLANTÃO
Neste quadro, contamos histórias de plantão (ou médicas, como um todo) enviada pelos nossos leitores. Hoje, quem nos escreve é o Gabriel, um médico radiologista que tomou um belo susto em seu segundo ano de residência.
Era uma quarta-feira de 2019… Uma mulher grávida entra no hospital às 3 horas da manhã procurando o serviço de ginecologia e obstetrícia.
Após o atendimento, o departamento encaminha a paciente para o residente de radiologia realizar um ultrassom. Até aí tudo bem, um protocolo padrão.
Então, ao realizar a ultrassonografia, quem disse que o médico conseguia achar a cabeça do bebê? Malformação fetal, posicionamento anormal do bebê ou inexperiência profissional?
O próprio residente chegou a duvidar das suas habilidades naquele procedimento rotineiro.
Imediatamente após o momento de reflexão, Gabriel ouve apenas um: "Doutor, saiu!!” e imediatamente retruca: "Como assim? O que saiu?". Sim, era a cabeça da criança.
E aí, sai ou não sai? 👶
O milagre da vida estava acontecendo ali de madrugada, numa maca de ultrassom. Correria pra cá, choro do bebê pra lá e o caos havia se instaurado naquela despreparada sala de ultrassom — agora completamente ensanguentada.
Ao final do parto, tudo deu certo. Hoje em dia, é legal contar a história, mas o estagiário imagina que ninguém gostaria de ter assumido esse plantão. Bom… O que seria da profissão sem um pouco de emoção, né? risos.
E você… Tem alguma história bizarra de plantão? Quem sabe ela não aparece na próxima edição? Basta responder este e-mail contando ela.
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