14/11/2025

(des)motivação

bom dia. ter motivação para mudar seus hábitos é excelente, mas o que não te contaram é: essa motivação acaba. e quando ela acaba, o que permanece é a disciplina.

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QUICK TAKES
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Na edição de hoje:

💊 Novo estudo refuta possível relação entre paracetamol e autismo.
🔥 As notícias mais relevantes do universo da saúde.
☕️ Café pode reduzir risco de arritmia cardíaca?
💰 Ministério da Saúde descartou R$ 2 bi em vacinas e insumos para Covid-19.
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Sexta-feira, 14/11/2025

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BIG STORY
Novo estudo refuta possível relação entre paracetamol e autismo

(Imagem: The Guardian)

No fim de setembro, uma declaração do presidente americano Donald Trump reacendeu uma preocupação antiga: o uso de paracetamol durante a gravidez pode aumentar o risco de autismo?

A resposta da ciência? Até o momento, não há evidências que sustentem essa associação.

Sobre a teoria 🤔

A suspeita surgiu após estudos observarem que crianças expostas ao paracetamol no útero apresentavam taxas ligeiramente mais altas de autismo.

  • Assim, pesquisadores levantaram a hipótese de que o medicamento poderia interferir no desenvolvimento neurológico, afetando processos inflamatórios e hormonais.

Além disso, o paracetamol atravessa a placenta, o que gera preocupações sobre seu impacto direto no cérebro em desenvolvimento.

🩺 No entanto, muitos desses estudos não consideraram fatores genéticos ou ambientais, que também influenciam o risco de autismo.

Diante da polêmica, a Dra. Shakila Thangaratinam, obstetra e professora da Universidade de Liverpool, conduziu, junto à sua equipe, uma revisão sistemática das evidências disponíveis, publicada no conceituado British Medical Journal.

O objetivo era simples: oferecer respostas baseadas em ciência — não em boatos.

O que o estudo revelou?

(Imagem: British Medical Journal)

A maioria das pesquisas que sugerem associação entre o paracetamol e o desenvolvimento de autismo ou TDAH em crianças não controla um fator-chave: o histórico familiar.

Ou seja, muitas vezes essas condições já estavam presentes em outros membros da família — e não necessariamente foram causadas pela exposição ao medicamento.

Quando os cientistas analisaram estudos bem conduzidos, especialmente aqueles que comparavam irmãos com diferentes exposições ao paracetamol, a associação desapareceu.

Isso indica que fatores genéticos ou ambientais compartilhados dentro da família explicam melhor os resultados. Muitos estudos anteriores, por não controlarem essas variáveis, acabaram superestimando o risco.

Além disso, o uso de paracetamol geralmente ocorre devido a febre ou infecções, que por si só podem afetar a gestação.

PS: Aos que quiserem se aprofundar no assunto, aqui está o artigo científico completo.

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RESEARCH
Café pode reduzir o risco de arritmia cardíaca?

(Imagem: Pinterest)

Por anos, o conselho foi direto: se você tem fibrilação atrial, a arritmia mais comum do mundo, evite o café. Contudo, um novo estudo acaba de desafiar essa orientação — e sugere que o hábito, na verdade, pode ser protetor.

Pesquisadores acompanharam 200 pessoas nos Estados Unidos, Canadá e Austrália, todas prestes a passar por cardioversão elétrica para tratar a fibrilação atrial — e todas eram ou já haviam sido consumidoras de café.

O grupo foi dividido em dois: metade deveria se abster da bebida por seis meses, enquanto a outra metade foi orientada a tomar pelo menos uma xícara por dia.

  • Entre os que continuaram tomando café, 47% apresentaram recorrência da arritmia durante o período.

  • Já entre aqueles que pararam de consumir, esse número subiu para 64%.

Ou seja, o risco foi 39% menor entre aqueles que mantiveram o consumo de café.

(Imagem: JAMA)

Até hoje, estudos anteriores não haviam chegado a um consenso sobre os efeitos do café nesse tipo específico de arritmia.

Por que isso acontece?

Por enquanto, o que existe são hipóteses. Uma delas é que o café melhora o desempenho físico e contém compostos anti-inflamatórios, que podem ajudar a reduzir a pressão arterial — um dos principais gatilhos da fibrilação atrial.

Além disso, a bebida atua como diurético, o que também pode contribuir para o controle da pressão.

Para quem quiser se aprofundar no tema, aqui está o artigo científico original.

BELIEVE IT OR NOT
Ministério da Saúde descartou R$ 2 bi em vacinas e insumos para Covid-19

(Imagem: Axios)

💰 Dois bilhões de reais. Esse foi o valor de vacinas, medicamentos e equipamentos ligados ao combate à Covid-19 que acabaram descartados entre 2021 e 2023.

Os dados são de uma auditoria realizada recentemente pela Controladoria-Geral da União (CGU).

Sobre o problema

O relatório aponta que o maior prejuízo veio das vacinas: foram R$ 1,6 bilhão em doses perdidas.

  • Em seguida, houve perdas de R$ 317,3 milhões em anestésicos e materiais utilizados na intubação orotraqueal, além de R$ 179,9 milhões em máscaras e vestimentas.

Outro ponto destacado pela CGU foi a categoria chamada “perda potencial”, que se refere a insumos cuja validade, no momento do envio, era inferior a 90 dias.

Segundo o órgão, essa categoria pode ter causado um prejuízo de até R$ 4,4 bilhões — embora o dado ainda não tenha sido confirmado.

Como resolver isso?

Vale lembrar que não há um único governo responsabilizado: os dados abrangem tanto o período de Bolsonaro quanto o de Lula.

Para tentar evitar novas perdas, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) afirmou que tem ajustado as cotas mensais enviadas aos estados, além de promover capacitações e reforçar os sistemas de informação.

Em resumo, o episódio levanta uma questão urgente: como garantir que bilhões em recursos públicos não sejam desperdiçados em um futuro semelhante?

A resposta, muito provavelmente, está menos em culpados — e mais em planejamento, transparência e modernização dos sistemas que sustentam a saúde pública.

RODAPÉ

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