06/10/2025

Na edição de hoje:

🩷 Outubro rosa já salvou mais de meio milhão de vidas.
🔥 Outras notícias que estão em alta no mundo da saúde.
🩺 Novo tipo de diabetes requer tratamento específico.
🚭 Tabagismo paterno precoce pode acelerar envelhecimento dos filhos?
📹️ Os melhores conteúdos que vimos pela internet.

Segunda-feira, 06/10/2025

BIG STORY

Outubro rosa já salvou mais de meio milhão de pessoas

🩷 Sim, você leu certo. Desde 1985, mais de 517 mil vidas foram salvas graças ao avanço no tratamento e à detecção precoce do câncer de mama — um dos maiores triunfos da medicina preventiva moderna, segundo a American Cancer Society.

Como surgiu a campanha?

Nos anos 1980, apenas uma em cada quatro mulheres nos Estados Unidos realizava exames de rastreamento para o câncer de mama — e o acesso à tecnologia era bastante limitado.

Foi nesse cenário que nasceu, em outubro de 1985, a primeira semana dedicada à conscientização sobre a doença.

• A iniciativa, inicialmente modesta, ganhou força rapidamente e, em 1990, foi oficializada pelo então presidente George H. W. Bush como o Outubro Rosa.

De lá para cá, o movimento se transformou em um fenômeno global, com milhões de pessoas usando fitas rosas, participando de caminhadas e pressionando por avanços científicos.

Mas o impacto mais notável está nos números: a taxa de sobrevivência em cinco anos para mulheres diagnosticadas com câncer de mama aumentou de cerca de 75% no início da década de 1980 para mais de 90% nos últimos anos.

🇧🇷 No contexto brasileiro, a situação ainda é ligeiramente menos favorável. Estima-se que a sobrevida em 5 anos para o câncer de mama esteja entre 80% e 90%, a depender da região estudada.

O que eu deveria fazer?

A prevenção do câncer de mama envolve escolhas de estilo de vida e exames periódicos que reduzem os riscos e aumentam as chances de diagnóstico precoce.

Manter uma alimentação equilibrada, praticar atividade física, controlar o peso e evitar o consumo excessivo de álcool ou tabaco são medidas que diminuem significativamente a probabilidade de desenvolver a doença.

A amamentação também é considerada um fator protetor importante, pois contribui para a saúde materna e infantil.

Qualquer alteração suspeita na mama deve ser investigada rapidamente, garantindo diagnóstico e tratamento adequados.

PS: Aos que quiserem se aprofundar no assunto, aqui vai a diretriz completa do Ministério da Saúde sobre o tema.

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RESEARCH

Novo tipo de diabetes requer tratamento específico

Há décadas falamos em diabetes tipo 1 e tipo 2… Agora, um novo subtipo chama a atenção de pesquisadores: o diabetes tipo 5 — ou diabetes relacionado à desnutrição (MRDM).

Reconhecido em 2025 pela Federação Internacional de Diabetes, ele é uma forma rara que aparece em pessoas com desnutrição crônica, especialmente na infância — e que exige diagnóstico e tratamento específicos.

• Nesse subtipo, o pâncreas produz pouca insulina, mas sem desenvolver a resistência típica observada no diabetes tipo 2, tornando seu mecanismo distinto das formas mais comuns.

Ele afeta principalmente indivíduos com baixo índice de massa corporal (IMC) e, na maioria dos casos, costuma surgir antes dos 30 anos de idade.

Reconhecimento e tratamento

Apesar do reconhecimento internacional recente, o tipo 5 ainda não é oficialmente classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nem pela Associação Americana de Diabetes (ADA).

O tratamento do diabetes tipo 5 começa com a reabilitação nutricional, visando corrigir deficiências causadas pela desnutrição crônica e melhorar a função pancreática.

Em alguns casos, é necessário o uso de insulina, mas em doses cuidadosamente ajustadas, devido à maior sensibilidade desses pacientes ao hormônio.

CONTROVERSIAL STUDIES

Tabagismo precoce pode acelerar envelhecimento dos filhos?

“O hábito de fumar durante a adolescência pode deixar marcas que atravessam as gerações.” Bom, quem disse isso não fomos nós.

Nele, um grupo de cientistas analisou dados de 892 pessoas, com idades entre 7 e 50 anos, que participaram do estudo internacional RHINESSA.

Amostras de sangue foram coletadas para medir o envelhecimento biológico por meio dos chamados “relógios epigenéticos” — marcadores químicos no DNA que indicam o desgaste celular ao longo do tempo.

Em paralelo, os participantes responderam questionários sobre seus próprios hábitos e os de seus pais, incluindo a idade em que os pais começaram a fumar. Abaixo, alguns destaques:

• Filhos de homens que fumaram aos 15 anos ou menos apresentavam, em média, de 9 a 15 meses de envelhecimento biológico a mais do que o esperado.

• Já o fumo materno antes da gravidez não mostrou uma relação estatisticamente significativa com o envelhecimento.

Possíveis hipóteses

A hipótese dos pesquisadores é que o tabagismo precoce pode causar alterações epigenéticas nos espermatozoides em formação, e que essas marcas acabam sendo transmitidas geneticamente.

No entanto, vale ressaltar que, por se tratar de um estudo observacional, não é possível afirmar isso com certeza.

Como toda boa pesquisa, ela nos traz mais perguntas do que respostas. E é exatamente aí que mora a beleza da ciência.

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