05/08/2024

bom dia. superestimamos o que podemos fazer em 4 semanas e subestimamos o que podemos fazer em 4 anos. todo mundo tem sua olimpíada. isso não é (necessariamente) sobre esporte.

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bom dia. superestimamos o que podemos fazer em 4 semanas e subestimamos o que podemos fazer em 4 anos. todo mundo tem sua olimpíada. isso não é (necessariamente) sobre esporte.

A polêmica olímpica de Imane Khelif
BIG STORY

(Imagem: The Telegraph)

Sua adversária, a boxeadora italiana, desistiu com apenas 46 segundos de luta, o que lhe garantiu uma vaga nas quartas de final da competição.

Qual foi a polêmica?

A lutadora argelina foi desqualificada do Mundial de 2023 sob a justificativa de “não atender critérios de elegibilidade”, o que fez muita gente pensar que a atleta fosse transsexual. No entanto, o debate é bem mais complexo do que isso.

Vamos aos fatos

Imane nasceu na Argélia e iniciou sua carreira esportiva jogando futebol antes de migrar para o boxe. A atleta nasceu mulher, e cresceu mulher.

Inclusive, competiu nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no qual foi derrotada nas quartas de final na categoria de peso leve.

No entanto, Khelif foi desqualificada do Campeonato Mundial Feminino de Boxe do ano passado após passar por testes de DNA.

🩺 Segundo o Presidente da Associação Internacional de Boxe, foi provado que a lutadora possuía cromossomos XY — o que a excluiu da competição.

Biologicamente, o que define o sexo de um indivíduo são os seus cromossomos. Homens são XY e mulheres XX.

E a história não para por aí

Oficialmente, a Federação Internacional de Boxe apenas afirmou que a boxeadora foi “submetida a um teste separado, no qual os detalhes permanecem confidenciais”.

Em outras palavras: Apesar dos rumores, não é possível classificar Khelif como uma atleta transgênero.

Mas existe uma terceira possibilidade

Apesar de não termos informações técnicas oficiais, é possível dizer que a lutadora tenha DDS (Diferença de Desenvolvimento de Sexo).

🩺 Atleta com DDS designa alguém que nasceu com características sexuais que não se encaixam nas noções binárias típicas de corpos masculinos ou femininos.

Por exemplo, algumas pessoas com a condição têm órgãos genitais femininos, mas cromossomos sexuais XY (masculinos).

Portanto, o debate acerca da participação de atletas transsexuais em competições olímpicas, está longe de ser algo simples.

No entanto, esse caso específico é diferente. E mais uma vez nos prova que a biologia pode, por vezes, não ser uma ciência exata.

Cientistas prolongam expectativa de vida de animais em 25%
RESEARCH

(Imagem: Axios)

Simplesmente espetacular. Ao bloquear uma proteína específica do organismo de animais, cientistas conseguiram aumentar a expectativa de vida de animais em 25%.

Os animais que passaram pelo bloqueio da proteína IL-11 não apenas viveram mais, mas também apresentaram melhor qualidade de vida e menos doenças.

Por que a proteína é tão especial?

🩺 A IL-11 é uma proteína associada ao envelhecimento e às inflamações. À medida que envelhecemos, os níveis dessa interleucina aumentam, favorecendo a inflamação.

Portanto, bloquear a interleucina resultou em uma vida mais saudável para camundongos que tiveram menos doenças e um declínio metabólico mais lento.

O resultado e numbers to watch

Os resultados, publicados na revista científica Nature, mostraram um aumento de 20 a 25% na expectativa de vida dos animais. No entanto, o estudo foi além. Os animais apresentaram:

  • Menos casos de câncer

  • Redução de perda muscular e maior força muscular

  • Menos sinais usuais de envelhecimento e fragilidade

É possível replicar isso em humanos?

Ao final do estudo, essa é a pergunta que fica: Se inibirmos a IL-11 em seres humanos, será possível aumentar a expectativa de vida na mesma proporção?

Até agora, as pesquisas iniciais indicam que o tratamento é seguro. Ainda assim, serão cenas dos próximos capítulos.

O que você deveria ficar por dentro

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Abelhas podem detectar câncer de pulmão através de olfato
ANIMAL WORLD

(Imagem: Science News)

Abelhas são seres incríveis. E não, elas não são responsáveis apenas por polinizar nossas tão queridas flores, ou produzir um mel maravilhoso.

Abelhas são agro. Abelhas são tech. Abelhas são… health. Perdão, o estagiário não conseguiu deixar de parafrasear o comercial que marcou sua infância. risos.

O que foi descoberto

Inspirados pelas extraordinárias habilidades olfativas do inseto, cientistas decidiram conectar o cérebro de abelhas a eletrodos, e passar diferentes cheiros sob suas antenas.

🩺 Segundo os pesquisadores, diferentes odores provocaram padrões de atividade cerebral reconhecíveis. Em outras palavras, é uma espécie de “impressão digital” para o cheiro.

Assim, o “cheiro” da neoplasia pulmonar gerava sinais de atividade cerebral específicos no inseto.

E como isso foi provado?

Os animais foram expostos tanto a sopros “saudáveis” quanto a sopros característicos da doença. Com isso, constatou-se que os insetos “acertaram o diagnóstico” 93% das vezes.

Mas apesar da descoberta fantástica, é bom ter cautela, afinal, estudos complementares ainda precisam ser validados.

Atleta amputou parte do dedo pra competir nas Olimpíadas
BELIEVE IT OR NOT

(Imagem: BBC)

É muito amor pelo esporte. O jogador australiano de hóquei sobre a grama, Matt Dawson, tomou a corajosa decisão de amputar parte do dedo para participar dos Jogos Olímpicos.

Aos 30 anos, Dawson enfrentou um dilema após sofrer uma grave fratura no dedo da mão direita durante um treino em equipe há duas semanas.

A cirurgia:

🩺 A recuperação da cirurgia tradicional para reparar a lesão levaria meses, colocando em risco a participação do atleta nos Jogos Olímpicos.

Diante do cenário, Dawson optou por amputar o membro, retirando o tecido da articulação até a ponta do dedo.

Apesar de amigos e familiares o terem aconselhado a não realizar o procedimento, o “sonho olímpico” prevaleceu.

Em suas palavras, “se cortar a ponta do meu dedo era o preço que eu tinha que pagar para participar de uma Olimpíada, eu faria isso!”

Sem dúvida alguma, participar de uma Olimpíada é um sonho para qualquer um que ama o esporte. Mas a pergunta é: Até onde você iria para realizá-lo?

Você amputaria uma parte do dedo para participar das Olimpíadas?

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