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02/05/2025

fora do script
bom dia. a vida nem sempre segue o plano que a gente traçou. e, muitas vezes, é fora do roteiro que surgem as melhores cenas.

BIG STORY
Alta de gripe pressiona o sistema nacional de saúde com mais internações

(Imagem: Johnson & Johnson)
Em pelo menos 13 estados e no Distrito Federal, os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) estão em alta.
Segundo o boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o crescimento tem sido impulsionado por infecções respiratórias causadas por influenza A, vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.
Contextualizando…
🩺 A síndrome respiratória aguda grave (SRAG) é uma condição caracterizada por insuficiência respiratória aguda, frequentemente causada por infecções virais ou bacterianas.
Ela envolve sintomas como febre, tosse, dificuldade para respirar e baixa saturação de oxigênio no sangue. O quadro pode evoluir rapidamente, exigindo hospitalização e, em casos mais graves, suporte ventilatório.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar o agravamento da doença, especialmente em crianças, idosos e pessoas com comorbidades.
De modo geral, a apresentação clínica dessas infecções pode ser semelhante. No entanto, por vezes, é necessário distinguir sua etiologia.
De todas as registradas, o vírus sincicial respiratório (VSR) foi responsável por 56,9% das infecções, o rinovírus por 25,5% e a influenza A por 15,7%.
🩺 VRS: Vírus comum em crianças pequenas, causa bronquiolite e pneumonia. Inicia com sintomas leves, mas pode evoluir para quadros graves em bebês e idosos.
🩺 Rinovírus: Principal causador do resfriado comum, transmite-se facilmente. Circula o ano todo e, apesar de geralmente leve, pode agravar sintomas em grupos mais vulneráveis.
🩺 Influenza A: Vírus da gripe com potencial de causar surtos sazonais. Afeta mais gravemente idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas. A vacinação anual é altamente recomendada.
Uma surpresa estatística
Após a análise dos dados, apesar de a covid-19 corresponder a apenas 3,9% dos casos de SRAG, a doença ainda é responsável pela maioria dos óbitos (35,7%).
Em outras palavras, mesmo com o suposto fim da pandemia, ainda é necessário ter atenção à doença, que certamente ainda não foi erradicada.
Por fim, a Fiocruz alerta para o uso de máscaras em locais fechados — e reforça a importância da vacinação contra a gripe.
RESEARCH
Óleo de cozinha comum no Brasil pode estar associado a câncer agressivo

(Imagem: Axios)
Uma pesquisa da Weill Cornell Medicine, publicada na revista Science, associou o ácido linoleico — presente em óleos como o de soja — ao desenvolvimento do câncer de mama triplo-negativo.
🩺 O câncer de mama triplo-negativo é um subtipo agressivo que não apresenta receptores hormonais (estrogênio e progesterona), nem o receptor HER2, o que dificulta tratamentos específicos.
Por esse motivo, ele cresce mais rapidamente e tem maiores chances de recorrência, mesmo após o tratamento — que geralmente envolve quimioterapia. Contudo, novas pesquisas buscam terapias direcionadas para melhorar o prognóstico desses casos.
Além disso, esse tipo de câncer é mais comum em mulheres jovens e em certos grupos étnicos, como mulheres negras.
Como ocorre o processo no corpo?
Nos estudos, dietas ricas em ácido linoleico favoreceram o desenvolvimento de tumores maiores e mais ativos. Os cientistas descobriram que ele se liga à proteína FABP5, abundante em células tumorais.
Essa ligação ativa a via mTORC1, que regula o crescimento e o metabolismo celular, impulsionando o avanço tumoral.
Além disso, amostras humanas mostraram níveis elevados de FABP5 e ácido linoleico em pacientes com esse tipo de câncer.
Maaas… Não há motivo para pânico. Apesar de as descobertas serem relevantes, ainda não há consenso na comunidade científica de que o uso do produto deva ser proibido.
Por isso, você pode consumir esse tipo de óleo, mas é importante ter cuidado com possíveis excessos. Use com moderação.
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HEALTHCARE
Planos de saúde acumulam R$ 4,5 bilhões em dívidas com fornecedores

(Imagem: Axios)
🤑 A conta está ficando cara. O volume de pagamentos pendentes de planos de saúde a fornecedores ultrapassou R$ 4,5 bilhões em 2024.
Para efeito de comparação, o valor já é considerado o maior dos últimos 8 anos — a dívida das empresas já equivale a 36% do faturamento de todo o setor.
Desse total, cerca de R$ 2,2 bilhões referem-se a procedimentos autorizados, mas não realizados. Na prática, isso significa que, mesmo após o plano de saúde autorizar a realização do procedimento, não ocorreu o pagamento.
As inadimplências correspondem a R$ 2,069 bilhões. Essa é a situação em que o pagamento de um serviço já realizado e cobrado não é feito no prazo estipulado, gerando dívida pendente.
Por último, quase R$ 230 milhões são de glosas injustificadas. Ou seja, recusas de pagamento sem motivo técnico válido, usadas por operadoras para atrasar ou reduzir valores devidos a fornecedores de saúde.
Aumento nos lucros e retaliações
A Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde (Abraidi) também revelou que 40% das empresas sofreram retaliações por se recusarem a aceitar descontos forçados.
Em outras palavras, se o plano de saúde propõe um desconto no pagamento ao prestador de serviço, e o prestador de serviço nega o desconto… o plano exclui este de sua lista de fornecedores.
Além disso, a análise dos dados nos mostra algo curioso: Mesmo com o aumento das dívidas, o lucro das companhias cresceu significativamente no último ano.
Ainda assim, o relacionamento comercial com os fornecedores se deteriorou consideravelmente.
Segundo o presidente da Abraidi, Sérgio Rocha, a situação ameaça a sustentabilidade do sistema de saúde privado e conveniado ao SUS.
CASE DE SUCESSO
Einstein adota tratamento inédito para pacientes com Parkinson

(Imagem: Hospital Israelita Albert Einstein)
O Hospital Israelita Albert Einstein passou a oferecer um tratamento inovador e não invasivo para pacientes com tremor essencial e casos selecionados da doença de Parkinson.
A técnica, chamada HIFU (High-Intensity Focused Ultrasound), usa ultrassom de alta intensidade guiado por ressonância magnética para atingir a área do cérebro responsável pelo tremor.
Sobre as condições
O tremor essencial é um distúrbio neurológico que causa tremores involuntários, geralmente nas mãos, mas que também podem afetar a cabeça, a voz e as pernas.
É uma condição crônica, com causa exata desconhecida, embora exista predisposição genética em muitos casos.
Já a doença de Parkinson é uma enfermidade neurodegenerativa progressiva, marcada por tremores em repouso, rigidez muscular, lentidão de movimentos e instabilidade postural.
🩺 Ela ocorre devido à perda de neurônios produtores de dopamina em uma área do cérebro chamada substância negra.
Ambos os distúrbios afetam o controle motor, mas têm causas, sintomas e tratamentos consideravelmente distintos.
Procedimento rápido, eficaz e sem cirurgia
A ideia do novo procedimento é que o calor gerado pelo ultrassom crie uma pequena lesão no ponto exato que origina os tremores.
Segundo estudos recentes, a melhora dos sintomas pode chegar a 70%, com efeitos percebidos já na primeira sessão.
O tratamento é aprovado pela Anvisa desde 2021 e pode ser feito em pacientes a partir dos 18 anos — sem limite de idade. Além disso, o paciente permanece acordado, não há necessidade de anestesia geral, e o procedimento dura cerca de duas horas.
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